segunda-feira, 21 de julho de 2008

quarta-feira, 16 de julho de 2008

É só para avisar...

...que a partir de agora sou assexuado. Não gosto de mulheres, homens, cães, burros, mémés, bonecas insufláveis, barbies, frascos com aberturas difíceis, praia, campo, montanha, encostas íngremes e escarpadas e de vento - que, como se sabe, é o ar em movimento das altas para as baixas pressões.

Vocês não são assexuados, logo, são doentes e, como tal, terei de deixar de me relacionar com vocês, porque o facto de me ter tornado assexuado aproximou-me da espécie amiba, o que reduz significativamente a minha capacidade intelectual, toldando o meu discernimento.

Pensei em ligar a todos, um por um, com a minha colega amiba ao meu lado a ouvir a conversa, mas depois ainda arranjava um câncaro, com estas radiações todas que emanam do telemóvel (coisas do demo). Pensei também em enviar um e-mail cheio de pontos de exclamação, a toda a gente, inclusive àquelas pessoas que, ao receberem-no, iriam exclamar algo como "mas quem é este imbecil, que eu não conheço de lado nenhum e me conta a história da sua vida - como saiu da quinta dos pais em Vacamude e rumou à cidade, munido apenas de um corta-unhas e de um palito para os dentes" mas também arrumei essa ideia na gaveta.

P.S. - aproveito para informar que a Mota-Engil criou uma comissão de controlo e redução de custos.

Amanhã é sempre longe demais


Dizes-me até amanhã
que tem de ser que te vais
Só que amanhã sabes bem
é sempre longe demais

P'la janela
mal fechada
chega a hora do cansaço
Vai-se o tempo desfiando
em anéis de fumo baço

Acendo mais um cigarro
Invento mil ideais
Porque amanhã sei-o bem
é sempre longe demais

terça-feira, 15 de julho de 2008

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Doentes!

Foge foge bandida

Ninguém é quem queria ser

somos a fachada
de uma coisa morta
e a vida como que a bater à nossa porta
quando formos velhos, se um dia formos velhos
quem irá querer saber quem tinha razão
de olhos na falésia
espera pelo vento
ele dá-te a direcção

a idade é oca e não pode ser motivo
estás a ver o mundo feito um velho arquivo
eu caminho e canto pela estrada fora
e o que era mentira pode ser verdade agora
se o cifrão sustenta a química da vida
porque tens ainda medo de morrer
faltará dinheiro
faltará cultura
faltará procura dentro do teu ser

diz-me se ainda esperas encontrar o sentido
mesmo sendo avesso a vê-lo em ti vestido

não tens de olhar sem gosto
nem de gostar sem ver